As particularidades da saúde financeira das escolasA saúde financeira das escolas é algo que há muito tempo preocupa gestores educacionais. Imagine que uma escola de 500 alunos precisa de um imóvel e infraestrutura que comporte o dobro de estudantes. Para entregar a melhor experiência de aprendizagem, ela precisa investir em melhorias, como novas salas de aulas bem equipadas, um novo auditório, quadras de esportes adicionais e uma nova biblioteca.Essa escola também precisa investir em profissionais qualificados e na constante capacitação destes. Para além desses pontos, há ainda os impostos, que são recorrentes e uma série de outros gastos previstos e não previstos. Agora, imagine que, mesmo com todas essas necessidades financeiras, as escolas dependem de uma única fonte de renda: as mensalidades. E que, muitas vezes, essas mensalidades atrasam, ou mesmo não são pagas. “Quando chega o dia 4, véspera do pagamento de professores e funcionários, e as mensalidades não entraram, é desesperador, você não sabe o que faz”, é assim que o fundador do Educbank e ex-mantenedor escolar, Danilo Costa, descreve essa situação. Diante desse cenário, como fica a saúde financeira das escolas particulares no Brasil?
Fluxo de Caixa e Previsibilidade financeira
A princípio, escolas particulares costumam enfrentar uma séria dificuldade quanto ao fluxo de caixa e previsibilidade financeira durante o mês. Isso acontece por 2 motivos principais:- O fluxo de caixa é instável, uma vez que ao longo dos meses existem períodos em que ele está positivo e outros em que não;
- O atraso nas mensalidades e a inadimplência são problemas recorrentes que atrapalham o planejamento financeiro da instituição, deixando gestores sem previsão clara de receita por período.