Este texto é dedicado ao nosso fundador, Danilo Costa, a primeira pessoa do país que juntou as pontas entre o setor de educação e o setor de soluções de pagamento.
Recentemente, imaginamos o futuro do Pix, analisamos o caso de uso do Real Digital em escolas e refletimos sobre pagamentos com criptomoedas. Contudo, para efetivamente gerar mudanças reais na gestão de escolas, não basta olhar para o futuro. É preciso também conhecer as lições do passado para de fato entender o potencial de uma inovação.
Nesse texto, queremos contar uma história pouco conhecida – a história do modelo de negócios de adquirência. Já falamos desse tipo de atividade por aqui: adquirentes (ou credenciadores) são os intermediadores responsáveis pela realização de um pagamento, geralmente disponibilizando a “maquininha” de pagamento ao lojista. O Educbank se coloca como adquirente no mercado porque é neste modelo que a capacidade de garantir inadimplência zero para escolas ganha escala. E, assim como nós buscamos inovar em nossa forma de atuação, a história do modelo de adquirência também é cheia de inovações.
A adquirência, enquanto uma atividade econômica apareceu no Brasil junto de um dos primeiros meios de pagamentos eletrônicos, o cartão de crédito. Apesar do primeiro meio eletrônico de pagamento surgir na década de 60 – com o lançamento do cartão de crédito Diners Club -, esse setor demorou a se desenvolver devido a diversos desafios existentes naquele momento. A indústria de pagamentos no país foi paulatinamente se expandindo e, em razão da história da inflação no Brasil, teve como foco nessa primeira etapa o desenvolvimento de sistemas de liquidação instantânea de transações entre bancos no Banco Central, de modo a evitar a inadimplência.
A partir dos anos 2000, houve uma guinada de atuação. Com o problema da liquidez resolvido pelo Sistema de Transferência de Reservas (STR), outras questões passaram a receber maior atenção, como a ausência de interoperabilidade entre credenciadoras e as relações de exclusividade entre credenciadoras e bandeiras. Imagine a seguinte situação: as maquininhas da Visanet só aceitavam cartões Visa, enquanto maquininhas da Mastercard só aceitavam cartões Redecard.
Essa situação gerava custos para os recebedores, que deviam contratar múltiplos serviços de pagamento para atender seus clientes. E prejudicava os pagadores, que poderiam ficar desatendidos caso tivesse um meio de pagamento e o lojista aceitasse apenas o meio rival. A solução da indústria junto do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica foi a de encerrar tais relações de exclusividade.
O fim da exclusividade em 2010 foi uma inovação que deu um grande passo em direção à escalabilidade do setor. As maquininhas passaram a ler cartões de mais de uma bandeira, o que se traduziu em menos custos para vendedores e maior comodidade e conveniência para consumidores.
As escolas sempre se valeram das inovações no modelo de adquirência, e o Educbank tem pensado num leque de alternativas para usufruir desse modelo de maneira transparente e o mais livre possível de intercorrências. As finanças de uma escola têm que fluir, e não o contrário, quando elas travam, impactam outros âmbitos da escola também – que lhe são essenciais.
É nessa história que a solução do Educbank se inscreve. Na história do modelo de adquirência do país. Uma solução de pagamentos que implique em comodidade e conveniência para as famílias e menos custos para as escolas, com um grande diferencial: a garantia de inadimplência zero. Essa, porém, é somente a primeira parte da história, que voltaremos a contar na próxima publicação.
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