Busca
Pesquisar
Close this search box.
/
/
A inovação tendo a escola em mente.

A inovação tendo a escola em mente.

21 de outubro de 2022

4 min

    Poderíamos assumir uma relação nos seguintes termos, e para refletirmos: quanto melhor academicamente é a escola, menor é o risco dela perante a mercado. Assim que deveria funcionar o mundo. Uma escola bem gerida e academicamente bem-sucedida deveria ser a mesma escola em melhores condições de receber avaliações de risco de qualquer instituição, acesso a linhas de crédito melhores, maiores e mais longas.Esta, no entanto, não parece ser a realidade. Qualquer escola que esteja necessitando de socorro financeiro cai na fila do banco e na burocracia comum do acesso a crédito. Embora haja mais de 39 mil delas no país que são particulares, e cerca de nove milhões de alunos e alunas. Dentre elas, muitas estão sendo fechadas por causa da maior epidemia que nos atingiu em mais de cem anos. Nenhum produto desenhado tendo em mente as particularidades financeiras das escolas foi lançado até hoje por instituições financeiras; os primeiros desse porte são iniciativas muito recentes vindas do setor das fintechs. Novas perguntas que ainda não haviam sido levantadas também começam a surgir, pelos mesmos atores que agora têm a escola como instituição central para o desenvolvimento do país. Perguntas como “Por que uma escola não pode investir?”, “Por que uma escola não pode receber investimento?”, estão sendo encaradas por esses mesmos atores que estão procurando inovar no setor de educação. A abordagem precisa equacionar uma série de fatores que são essenciais da escola, sendo que estes não se reduzem ao aspecto financeiro.  Não faz muito sentido realizar um julgamento da saúde financeira de uma escola somente a partir da sua rentabilidade e do seu índice de inadimplência. Ao fazermos isso, algo se perde no meio do caminho. Não há ainda no setor formas de avaliação de crédito que integrem critérios não financeiros para emitir uma avaliação mais completa. Sendo que desempenho pedagógico, senso de comunidade, bons professores e professoras, são fatores constitutivos para a perpetuação de um projeto pedagógico. Havendo perpetuação, constroem-se vínculos duradouros.A tecnologia entra aqui como uma aliada em potencial. Hoje, já há algoritmos aptos a avaliar de maneira otimizada fatores como risco de crédito, levando em conta os instrumentos clássicos contábeis. Mas não há um algoritmo mais completo e mais holístico, que eleja critérios como os que foram citados acima. Quão saudável é a relação escola-família? Alunos e alunas se sentem pertencidos à escola? Fazem amizades duradouras, nutrem admiração pelos professores?  Num contexto econômico mais amplo, em seu último artigo para a Bett Educar, Fernando Barão, economista e ex-diretor de escola, tece considerações importantes sobre a situação financeira das escolas particulares do país. À primeira vista ele diz que a impressão pode ser a de que escola particular é um “negócio de baixo risco e extremamente rentável.” Em seguida, ele vai desmontando essa imagem por meio de dados relevantes do setor, e argumentos de quem já esteve no lugar de diretor de escola e ao mesmo tempo manteve seu olhar de economista. É fato que uma escola particular pode ser um bom negócio. A questão é que outros fatos vêm acompanhados desse sucesso. O tempo do mantenedor numa escola particular lucrativa é totalmente demandado por intercorrências diárias e repetitivas que se multiplicam, pois cada uma delas corresponde a um estudante e em seguida a uma família. Esse atendimento precisa ser individualizado, sob pena do diretor ou a diretora ser visto como ausente de algo que não é somente um negócio, mas o lugar que filhos e filhas passam boa parte da vida.Não há também disponibilizadas ainda ferramentas tecnológicas que consigam mostrar o quanto uma escola realmente perde com seu calcanhar de aquiles, a inadimplência, sendo que esses dados, apresentados de maneira simples e acessível, têm o potencial de aumentar significativamente o crescimento da escola, lhe dando mais consciência orçamentária para investir e para corrigir seu percurso. O quanto uma escola está deixando de ganhar? O quanto uma escola poderia otimizar do seu faturamento? Essas perguntas precisam de respostas apuradas, e a tecnologia está em amplas condições de oferecer isso.Os anos de 2020 e 2021 assistiram às maiores perdas econômicas em mais de um século da história da humanidade devido à pandemia do COVID-19, ainda que num momento de intensa inovação tecnológica e financeira. Como seres humanos criativos que somos, no ano de 2022 espero que criemos ainda mais oportunidades, mais conceitos e mais soluções para os problemas do nosso tempo. Por isso, a importância de se investir e de se refletir sobre um dos bens mais importantes para a sociedade: a educação. A retomada está a caminho, e ela, como sempre, passa pela capacidade de produzir conhecimento – é isso que torna o mundo um lugar melhor para nós todos. Aprender, conhecer e educar. As escolas definitivamente têm um papel central nisso.]]>

    Receba 100% das mensalidades da sua escola todos os meses sem atrasos.

    Leia também...

    O Educbank seleciona escolas de alto potencial, para que elas transformem a educação do Brasil.

    Seja uma escola apoiada e conquiste a segurança e previsibilidade financeira que as melhores escolas do Brasil utilizam para crescer.

    Processo seletivo

    O que você faria se tivesse uma injeção de capital na sua escola?

    Inscreva-se e participe do processo seletivo do Educbank.