Artigo publicado no Estadão, portal Educador21, IBEE – Instituto Brasileiro de Estudos em Educação, Diário de Taubaté, entre outros veículos.Enquanto seguimos lutando para equacionar os efeitos da pandemia, com medidas de proteção e avançando na vacinação de todos os brasileiros, há uma epidemia em paralelo que não podemos relegar: a saúde mental, que vem se agravando no nosso país, dia após dia.De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas no mundo e é considerado o quinto em casos de depressão. Para ilustrar isso, os dados da organização indicam que no mundo há 322 milhões de pessoas que sofrem de transtornos mentais e, no nosso país, são mais de 18 milhões com ansiedade e cerca de 12 milhões com depressão.Diante disso, não podemos deixar de questionar: quais os protocolos sanitários temos adotado para preservar a nossa saúde mental? Há fatores preponderantes para o agravamento disso? É possível revertermos este quadro mesmo com os impactos da pandemia na educação, nos setores da economia e da sociedade?Se levarmos em consideração as buscas no Google como termômetro, em 2020 houve um aumento de 98% por termos relacionados a transtornos mentais, ante a média verificada na última década no Brasil. Isso é o retrato claro de que a população está preocupada.Não precisamos ir longe para ter a clareza de que a saúde mental está ligada à saúde financeira. Segundo a APA – American Psychological Association (Associação de Psicologia dos EUA), a situação financeira é a principal fonte de estresse para a maioria das pessoas.Dados do SPC Brasil apontam que cerca de 70% dos inadimplentes sofrem de ansiedade e outros distúrbios, por não conseguirem resolver suas dívidas. Sentimentos como insegurança, estresse, angústia, desânimo, culpa, baixa autoestima e vergonha são comuns nos relatos dos inadimplentes. Além do mais, o levantamento aponta que isso também afeta a vida profissional: desatenção, improdutividade e irritabilidade são as principais.Quando avançamos nesta discussão, com um olhar sensível e direcionado para os mantenedores das escolas particulares do Brasil, reparamos que a situação requer atenção. De acordo com a revista americana Health, das 10 carreiras com altas taxas de depressão, duas estão interligadas à rotina das escolas: professores e profissionais da área administrativa, como gestores e equipes escolares. Esmiuçando os fatores listados pela Health, encontra-se como determinante o estilo de vida que tende a ser imprevisível e estressante em muitos casos.Nesse sentido, vemos que atualmente a inadimplência dos alunos e a instabilidade financeira nunca influenciaram tanto a saúde mental dos mantenedores e de suas equipes. Mais de 50% da sua agenda e energia pessoal estão dedicadas aos assuntos financeiros e administrativos, lidando com tarefas que nunca foram fáceis e, neste momento, se agravam ainda mais.Eu particularmente olho com otimismo para o nosso setor, pois se por um lado estamos enfrentando um cenário desafiador, por outro estão surgindo tecnologias financeiras para as escolas, na esteira do PIX e do open banking, juntamente com novas possibilidades pedagógicas, fruto do irreversível ensino híbrido. No entanto, possuímos um dever cívico de guiar o nosso olhar para os efeitos que o atual momento causa na saúde mental dos gestores.Mais do que nunca, precisamos apoiar a gestão escolar com soluções efetivas para os seus verdadeiros desafios. Nós presenciamos revoluções na gestão da música, com o Spotify; no entretenimento, com a Netflix; no delivery de comida, com o iFood; e acredito que presenciaremos novidades na gestão escolar nos próximos anos. Recomendo aos gestores escolares brasileiros que mantenham a calma, continuem otimistas, e busquem constantemente se atualizar. Há muitas oportunidades e coisas legais acontecendo.Danilo Costa, Sócio Fundador do Educbank]]>
O Educbank seleciona escolas de alto potencial, para que elas transformem a educação do Brasil.
Seja uma escola apoiada e conquiste a segurança e previsibilidade financeira que as melhores escolas do Brasil utilizam para crescer.