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Qual o papel da gestão escolar na Formação de Professores? 

Qual o papel da gestão escolar na Formação de Professores? 

10 de novembro de 2023

7 min

    A formação de professores é um tema que constantemente levanta debates. 

    Ao explorarmos a evolução da educação nas últimas décadas, de metodologias tradicionais para abordagens inovadoras, testemunhamos uma verdadeira metamorfose.

    Que começa nos dias em que o giz e a lousa eram os principais instrumentos de ensino e segue até o momento em que a tecnologia tomou conta da rotina de crianças e adolescentes e passou a habitar cada aspecto da sala de aula. 

    Esta transição não apenas alterou o que, mas também como ensinamos.

    Diante desse cenário, a formação de professores emerge como um dos pilares mais cruciais e desafiadores para a gestão e corpo docente. 

    De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Educbank de Educação e Cultura,  para 71% dos gestores escolares, o maior problema da gestão pedagógica é o fato dos professores estarem despreparados e mal formados. 

    Enquanto 65% dos docentes alegam que o maior desafio é estar sempre atualizado frente às novas tecnologias e metodologias de ensino.  

    Deste modo, este blog post tem como objetivo avaliar a posição da gestão e do corpo docente diante desta conjuntura. 

    Esperar reforçar a importância, os desafios e o melhor caminho para investir em uma formação de professores contínua e eficaz. 

    Acomode-se bem em sua cadeira e boa leitura! 

    A importância da formação continuada de professores

    Nas palavras da diretora acadêmica do Instituto Educbank de Educação e Cultura, Lara Crivelaro: 

    “Não se faz educação sem professores e a valorização do professor é o primeiro passo para garantir uma educação de qualidade.” 

    A educadora defende que a atuação dos professores tem impacto dentro e fora da escola e reflete diretamente no desempenho dos estudantes, na qualidade da educação e no progresso do país. 

    Por essa ótica, embora não seja a única, a formação de professores é uma das bases fundamentais para essa valorização do corpo docente. 

    Isso porque, no momento atual, os educadores deixam de ser apenas transmissores de conhecimento e passam a ser mentores, moldando não apenas o que os alunos sabem, mas também quem são e quem podem se tornar.

    Nesse sentido, podemos dizer que professores bem preparados capacitam alunos com habilidades acadêmicas, mas também sociais e emocionais, preparando-os de modo mais abrangente para os desafios do mundo contemporâneo.

    Portanto, fica fácil dizer que investir na formação de professores é investir na qualidade da educação.

    Mas a pergunta que fica é: como?

    O Educbank convidou especialistas nesse assunto, com diferentes experiências, para falar sobre o assunto. 

    Com a apresentação de Lara Crivelaro, Diretora Acadêmica do Instituto Educbank de Educação e Cultura, recebemos Guiomar Namo de Mello, atualmente conselheira do Conselho Municipal da Cidade de São Paulo; Janaína Rangel Jordão, mantenedora e diretora pedagógica do Colégio Ranieri;  René Ximenes, mantenedor do Colégio Mundo Verde; e Evelyse Eerola, especialista em formação continuada na Finlândia.

    Você confere o resultado deste encontro clicando no vídeo abaixo: 

    Em sequência, para entendermos o que precisa ser feito, alguns fatores precisam ser considerados. 

    É o que veremos nos tópicos abaixo. 

    Impacto da tecnologia neste cenário 

    Não tem como falar sobre as mudanças dentro e fora da sala aula sem refletir sobre o avanço tecnológico. 

    O termo “Nativos Digitais” ganha popularidade à medida que crianças cada vez mais novas começam a manusear aparelhos eletrônicos. 

    Um estudo feito pela Common Sense Media, evidenciou que o uso geral de telas entre crianças e adolescentes aumentou 17% de 2019 a 2021.

    E aponta que hoje em dia crianças de 8 a 12 anos de idade passam, em média, 5 horas e 33 minutos na internet, todos os dias. 

    O tempo gasto entre adolescentes de 13 a 18 anos é ainda maior: 8 horas e 39 minutos.

    Por outro lado, para 78% dos professores entrevistados pela pesquisa do Instituto Educbank de Educação e Cultura, acompanhar as rápidas mudanças que o avanço da tecnologia está produzindo na sociedade é o maior desafio futuro que os docentes devem enfrentar. 

    Enquanto as crianças já nascem adeptas, os professores precisam correr para se manterem atualizados. 

    Sobre isso, outro estudo, divulgado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, em 2020, sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas brasileiras, mostrou que a maioria dos professores se atualizam sozinhos, buscando vídeos e tutoriais online ou pedindo ajuda informal aos colegas de trabalho. 

    Apenas 33% dos professores entrevistados participaram de um curso de formação continuada sobre computador e Internet. 

    Para 53% dos professores, a ausência de cursos específicos sobre o uso de internet nas aulas dificulta muito o trabalho.

    Mas esse não é o único desafio. 

    Desenvolvimento de competências socioemocionais

    Além dos aspectos acadêmicos e da inclusão tecnológica, cada vez mais fala-se sobre competências socioemocionais no ensino básico e sua importância para aprendizagem do futuro. 

    E do presente. 

    Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. 

    Esses são os quatro pilares para a educação do século XXI, segundo a UNESCO. 

    E são eles os responsáveis pela  idealização atual do que conhecemos como educação socioemocional. 

    Essa iniciativa visa desenvolver 5 habilidades principais nos alunos: autoconhecimento, autocontrole, consciência social, habilidade de relacionamento e tomada de decisão responsável. 

    Contudo, para além da ótica dos estudantes, a educação socioemocional também exige qualificação do corpo docente. 

    Até porque os professores devem ser modelos práticos de comportamento, empatia e resolução de conflitos.

    O que diz a BNCC sobre a formação de professores? 

    A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece diretrizes fundamentais para a educação básica no Brasil, abordando não apenas o conteúdo a ser ensinado, mas também as competências e habilidades que os estudantes devem desenvolver. 

    No contexto da formação de professores, a BNCC traz orientações específicas para garantir que os educadores estejam preparados para atender às demandas contemporâneas da educação.

    A BNCC destaca a importância da formação inicial e continuada dos professores, reconhecendo que sua atuação eficaz é necessária para o alcance dos objetivos propostos.

    Nesse sentido, são enfatizadas três competências centrais: conhecimento profissional, prática profissional e engajamento profissional.

    No que diz respeito ao conhecimento profissional, a BNCC destaca a necessidade de os professores dominarem os conteúdos que irão ensinar, além de possuírem a capacidade de transmiti-los de maneira eficaz. 

    Destaca-se também a importância de uma formação que vá além do aspecto técnico, incentivando a pesquisa e a renovação constante da prática docente.

    Todavia, a transição para uma formação mais integrada e sistemática demanda tempo e ajustes estruturais nas instituições de ensino, assegurando que a formação preserve o equilíbrio entre teoria, prática e pesquisa.

    Sobre isso, em entrevista ao Educbank, Guiomar Namo de Melo afirma que as evidências são claras de que hoje a melhor formação continuada é aquela que se dá por meio de uma mentoria, de um trabalho contínuo de observação, reflexão, devolutivas e discussão das práticas pedagógicas. 

    O papel da gestão na formação de professores 

    Até aqui, entendemos a importância da formação de professores para a educação básica. 

    Agora, é preciso debater o papel de quem permite que essa formação aconteça: a gestão escolar. 

    Se para o corpo docente este tema é desafiador, para a gestão escolar ele é igualmente complexo. 

    Pensando nisso, listamos algumas sugestões de como investir e estimular a formação de professores em escolas privadas de educação básica. 

    Promova e incentive uma cultura de formação e participação ativa

    Investir em programas regulares de capacitação, workshops, palestras e mentorias que abordam metodologias atualizadas e tecnologias educacionais emergentes já é um primeiro passo. 

    Estimule essa cultura e incentive a participação de todos os docentes nesses processos formativos. 

    Isso pode envolver a promoção de grupos de estudo, eventos educacionais e certificações relevantes. 

    Criar espaços para o compartilhamento de boas práticas entre professores também pode enriquecer essa formação continuada.

    Integre a tecnologia de forma estratégica

    Plataformas de aprendizado online, recursos digitais interativos e ferramentas de avaliação inovadoras são de grande ajuda nesse processo.

    Contudo, a gestão precisa identificar, implementar e avaliar essas ferramentas para garantir que tenham o resultado esperado.

    Essa estratégia tanto ajudará os docentes no contexto acadêmico, com facilidade de acesso a diferentes conteúdos pedagógicos, como também pode inspirar o uso inteligente de diferentes tecnologias na sala de aula. 

    O ciclo de aprender e ensinar sempre fará parte da rotina da escola. 

    Valorize e reconheça o professor

    Iniciativas como programas de incentivo e rotina de feedbacks construtivos além do reconhecimento, também contribuem para um ambiente em que os professores se sintam apoiados e motivados a buscar aprimoramento contínuo.

    Forneça recursos adequados

    A alocação adequada de recursos financeiros é outra responsabilidade da gestão. 

    Isso envolve o investimento em materiais didáticos, a contratação de especialistas para conduzir programas de formação específicos e a criação de infraestrutura que suporte métodos de ensino inovadores.

    Com isso, a gestão passa a proporcionar suporte contínuo aos professores. 

    O problema é que muitas vezes a gestão financeira não está preparada para isso. 

    A inadimplência escolar impede que muitas escolas particulares tenham segurança e tranquilidade para destinar esses recursos para a formação de professores. 

    Diante disso, o Educbank, no papel de principal apoio financeiro para escolas de Educação Básica, oferece à gestão escolar a oportunidade de investir sem medo. 

    Com previsibilidade de caixa e segurança financeira, o mantenedor tem confiança necessária para empregar as melhorias que a escola precisa, sendo a formação de professores uma delas. 

    Para conhecer mais sobre o Educbank e como nosso apoio pode ajudar a sua escola, acesse o nosso site. 

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