Reajustar a mensalidade escolar é uma tarefa delicada, mas inevitável. Todo ano, gestores escolares se deparam com uma pergunta importante: como calcular o reajuste da mensalidade e comunicar sem causar desconforto para as famílias, mas garantindo que a escola continue saudável financeiramente?
Se você é gestor ou trabalha na área financeira de uma escola, já sabe que esse assunto é cheio de detalhes. Mas, calma! Vamos te ajudar a entender tudo que você precisa considerar na hora de fazer esse reajuste de forma justa, transparente e planejada.
Também apresentaremos uma ferramenta exclusiva para te ajudar nessa missão, a calculadora de reajuste de mensalidades para 2026 do Educbank!
É necessário reajustar a mensalidade todo ano?
Na maioria dos casos, sim. Os custos da escola aumentam todos os anos: salários, energia, água, materiais pedagógicos, manutenção predial, entre outros. E esses aumentos nem sempre acompanham a inflação.
Além disso, a escola precisa investir em melhorar a qualidade do ensino, na capacitação de professores e na modernização da estrutura.
Então, mesmo que pareça desconfortável, o reajuste anual é frequentemente necessário para uma gestão financeira escolar sustentável.
Por onde começar: planejamento financeiro
Antes de qualquer coisa, é essencial fazer um planejamento financeiro detalhado.
Levante os seguintes pontos:
- Custos fixos e variáveis da escola;
- Investimentos planejados para o próximo ano (como reformas, compra de equipamentos ou capacitação);
- Expectativa de aumento de salários (com base em acordos sindicais, progressão de plano de carreira e em reajuste pela inflação);
- Previsão de inadimplência;
- Número estimado de alunos para o ano seguinte;
- Taxa de evasão.
Esse levantamento vai te dar uma ideia real do quanto a escola precisa arrecadar para manter as contas em dia e crescer. Esse planejamento também ajuda a escola a identificar onde pode economizar, onde vale a pena investir mais e quais despesas precisam ser revistas.
E a inflação?
A inflação é um dos principais fatores para definir o reajuste, mas ela não é o único.
É comum utilizar índices como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), para escolas particulares. Esses índices mostram quanto os preços subiram em determinado período e são um bom ponto de partida para o reajuste.
Por exemplo: se o IPCA acumulado do ano foi de 5%, a escola pode considerar esse número como base mínima para o reajuste, lembrando de avaliar também os custos específicos que a escola teve no período.
É importante lembrar que a inflação oficial pode não refletir com precisão os aumentos que a escola teve, especialmente em áreas como folha de pagamento ou tecnologia educacional. Por isso, a recomendação é sempre comparar a inflação com o aumento real das despesas da escola.
E quando a Selic está alta?
A Selic, que é a taxa básica de juros da economia, influencia diretamente o custo de crédito. Quando ela está alta, como está atualmente, o custo de financiamentos, empréstimos e até mesmo o impacto da inadimplência aumentam.
Para as escolas, isso significa que o risco financeiro é maior. A escola pode considerar esse cenário no seu planejamento, criando uma reserva maior ou sendo mais conservadora nas projeções de receita.
Além disso, uma Selic alta afeta o bolso das famílias, então é ainda mais importante que o reajuste seja bem justificado e comunicado com antecedência.
Qual cálculo seguir?
Não existe uma fórmula única. Veja abaixo uma sugestão prática de como calcular, mas recomendamos buscar o apoio de especialistas para tomar a decisão final.
- Somar todos os custos estimados para o ano seguinte (incluindo melhorias e investimentos);
- Dividir esse valor pelo número de alunos previstos;
- Comparar esse valor com a mensalidade atual e calcular a diferença percentual.
Lembre-se de incluir também uma margem de segurança para imprevistos e para manter a saúde financeira da escola. E, claro, não deixe de comparar com os índices de inflação e com o mercado e com a margem de lucro desejada.
A calculadora de reajuste de matrículas do Educbank pode te ajudar neste momento. Ele traz índices de acordo com o seu estado ou região, com sugestões de reajuste completamente ajustadas à realidade da sua escola.

Como comunicar o reajuste para as famílias?
Essa parte é fundamental. Não adianta fazer um cálculo super justo se a comunicação for falha. Concentre-se nos seguintes pilares:
- Antecedência: Avise com pelo menos 45 a 60 dias antes do início do novo ano letivo;
- Transparência: Explique os motivos do reajuste de forma clara. Use dados, mostre os investimentos planejados e os desafios enfrentados;
- Empatia: Lembre-se de que cada família tem sua realidade financeira. Mostrar compreensão e abertura para diálogo faz toda a diferença;
- Disponibilidade: Tenha um canal aberto para dúvidas e negociações, pois um atendimento acolhedor reduz o risco de evasão.
Evite reajustes muito altos de uma vez
Se a escola ficou muitos anos sem reajustar a mensalidade ou acumulou muitos custos de uma vez, o ideal é diluir esse impacto ao longo de alguns anos.
Reajustes muito altos de uma só vez podem gerar desconforto e evasão.
Por isso, o ideal é construir uma política de reajuste anual ou com ajustes menos expressivos, sempre com base em dados e planejamento.
Conte com a Educbank para ter mais segurança financeira
O Educbank é uma solução financeira planejada para lidar com os desafios financeiros das escolas particulares. Apoiamos escolas para que elas recebam o valor integral das mensalidades, todos os meses.
Isso significa que, mesmo que a família atrase o pagamento da mensalidade, você continua recebendo o valor normalmente. Nós assumimos o risco para que você tenha mais segurança e flexibilidade para lidar com pagamentos.Conheça nosso programa de Receita Garantida e participe do nosso processo seletivo para escolas.