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Revisão de contratos em escolas particulares: montando a estrutura ideal para o próximo ano

Revisão de contratos em escolas particulares: montando a estrutura ideal para o próximo ano

16 de dezembro de 2025

5 min

    A revisão de contratos em escolas particulares ajuda a prepará-las para os desafios da educação brasileira. Competição elevada, retenção de talentos, margens apertadas… Tudo isso já faz parte do cotidiano de gestores e não deve ser diferente em 2026.

    Muitos usam o fim do ano letivo, que já é um momento de fechar ciclos, para fazer uma avaliação completa da estrutura da escola. Em momentos de troca de gestão, este processo também é fundamental para que a nova equipe esteja a par da estrutura atual da escola.

    Neste artigo, você verá todos os passos necessários para alinhar a estrutura. Você aprenderá como fazer um diagnóstico da situação atual, quais critérios considerar durante a revisão de contratos, e como tomar a decisão de rescindir ou assinar novos contratos com fornecedores e integrantes da equipe.

    Diagnóstico de necessidades para 2026

    Comece com um olhar atento para a estrutura atual. Mapeie os principais contratos — com professores, funcionários, fornecedores de material escolar e de uso diário, de alimentos, uniformes…

    Verifique duração, cláusulas, valores e, principalmente, a rotatividade em cada categoria.

    Essa informação é importante, pois pode indicar problemas mais profundos na escola. Por exemplo, uma alta taxa de turnover de professores pode indicar que as condições de trabalho não são tão boas.

    Identifique também os contratos críticos e as lacunas. Contratos críticos são aqueles que, se encerrados, colocam a operação da escola em risco. As lacunas são áreas que deveriam estar sendo cobertas, mas por alguma razão ainda não estão, o que deve ser corrigido no próximo ano.

    Exemplos bem simples: um professor que está na escola há muitos anos e é adorado pelas famílias, o seu contrato é crítico. Se você perceber que ele está recebendo abaixo do que merece, reajuste.

    Agora, suponha que a escola queira implementar metodologias ativas o quanto antes. Se não houver contratos com professores com essa aptidão, você precisará contratar.

    Encerramento e revisão de contratos

    Ao fazer essa análise, você se verá diante de três cenários: contratos que devem ser mantidos, reajustados e encerrados.

    Com os contratos mantidos, não tem muito segredo: se não for um contrato por tempo indeterminado, informe que tem interesse em manter o vínculo e inicie as negociações.

    Com os contratos reajustados, entre em contato e explique que tem interesse em manter o vínculo, mas que deseja ajustar algumas cláusulas. Também é bem simples, basta sinalizar e começar a negociar.

    Já para os contratos que serão encerrados, é um pouco mais delicado. Você precisará documentar bem a decisão e entrar em contato em um prazo razoável, para que todas as partes consigam se organizar.

    Comece definindo os critérios de encerramento. Podem ser:

    • Performance;
    • Aderência ao modelo pedagógico da escola;
    • Continuidade da função para 2026;
    • Custo-benefício;
    • Feedback da equipe.

    Você pode adaptar esses critérios para profissionais e fornecedores.

    Depois, organize todos os contratos, ordenando pelo vencimento. Comece conversando com quem está mais perto do fim do contrato, avisando que não renovará e apresentando as razões. Converse com a pessoa de forma empática, apresentando feedbacks de forma construtiva. 

    Realize o processo de desligamento em conjunto com seu departamento jurídico e contábil. No caso dos profissionais da equipe, envolva também  recursos humanos. Assim, você garante que todos os aspectos legais estão corretos antes de começar a planejar o próximo ano.

    Novas contratações

    Dificilmente a estrutura da escola se mantém a mesma de um ano para o outro. Ou seja, você precisará fazer novas contratações. 

    Para fornecedores, o processo geralmente envolve a cotação, negociação individual com cada um e seleção, dependendo do custo-benefício. Aqui, é importante ter atenção com as economias de curto prazo.

    Um exemplo bem clássico é o do papel higiênico: comprar o mais barato parece econômico, até você perceber que dura muito pouco, pois precisa usar mais de cada vez.

    Isso se aplica a vários produtos, sistemas e materiais da escola.

    Para substituir ou fazer novas contratações de integrantes da equipe, o processo é mais delicado e deve envolver desde o início o departamento de RH.

    Comece definindo o perfil da vaga. Defina com clareza o que você busca, quais são as responsabilidades do cargo, competências, experiência… E o quanto você está disposto a pagar por esse perfil, incluindo benefícios. 

    Junto ao profissional de RH, escreva uma descrição da vaga e divulgue de forma estratégica em redes sociais, portais de emprego, LinkedIn, entre outros. Compartilhe com quem já está na escola também, para ver se há indicações.

    Defina também o processo seletivo, geralmente feito em múltiplas etapas:

    • Triagem de currículos;
    • Entrevista inicial para entender o escopo da vaga;
    • Teste técnico;
    • Entrevista com gestor;
    • Contratação.

    Este é só um modelo, não há “certo ou errado”. O processo em si depende muito da vaga, mas tem um detalhe que deve valer sempre: não torne a seletiva maçante. 

    Você deve conhecer bem o candidato antes de fechar a contratação, mas não deve alongar demais o processo seletivo, encher de entrevistas ou pedir vários testes. Isso diminui o interesse pela vaga e pode fazer com que você perca o profissional para uma escola mais ágil.

    Feita a contratação, dê todo o apoio para que o profissional se sinta bem acolhido e consiga exercer sua função adequadamente.

    Aprimore sua escola constantemente

    A partir daí, o ciclo se reinicia: analisar os contratos, identificar oportunidades de melhoria com proatividade e agir de acordo. Não há um prazo certo para fazer, como ao fim de todo ano, mas essas pequenas otimizações devem estar sempre no seu radar. 

    Quando a gestão cai no “automático”, muitos detalhes que fazem a diferença podem acabar passando batidos.

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