A história de muitas escolas particulares no Brasil começa com um sonho: transformar vidas por meio da educação. Mas quando o sonho cresce, ganha estrutura e se torna um negócio familiar, surge um novo desafio — a continuidade.
O que acontece quando chega o momento de passar a gestão para os filhos?
Como garantir que a escola siga relevante, financeiramente saudável e fiel à sua identidade — mesmo sob uma nova liderança?
Essas perguntas foram o ponto de partida da live realizada pelo Educbank com Ana Rita Bittencourt, especialista em sucessão e governança de empresas familiares.
Em um papo direto e profundo, ela mostrou que a sucessão não é apenas uma troca de comando, mas um processo que exige preparo emocional, estrutura empresarial e clareza patrimonial.
Assista à conversa completa com Ana Bittencourt
Se você faz parte de uma escola familiar, essa live vai te entregar reflexões valiosas sobre governança, conflitos entre gerações e construção de um futuro sustentável para a escola.
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Uma aula sobre sucessão escolar para mantenedores, herdeiros e gestores que querem garantir a longevidade do seu projeto educacional.
Por que a sucessão escolar é tão crítica — e tão adiada?
“O maior erro das escolas familiares é adiar a sucessão. Quando ela é pensada tarde demais, vira emergência. E sucessão não deve ser um improviso — é um processo que precisa de tempo.”
— Ana Bittencourt
A maioria das escolas evita discutir a sucessão. O fundador segue à frente por décadas, muitas vezes sem preparar a próxima geração. Quando decide passar o bastão, já não há tempo hábil para estruturar a transição com qualidade.
Ana reforça que o momento certo para começar é quando os filhos atingem a fase adulta, ainda que eles não estejam na operação. Como futuros sócios, precisam entender o negócio, suas responsabilidades e a cultura da escola.
A sucessão precisa de três pilares bem definidos
Segundo Ana, a sucessão escolar bem-sucedida depende do preparo da família em três sistemas interdependentes:
1. Familiar (emocional)
Diálogo entre pais e filhos adultos, construção de confiança e clareza de papéis dentro da família.
“Sucessão é a convivência entre gerações adultas. E gerações adultas têm ideias, repertórios e posturas diferentes. O desafio é aprender a decidir junto.”
— Ana Bittencourt
2. Empresarial (gestão)
Definição de cargos, regras de remuneração, processos decisórios e profissionalização.
3. Patrimonial (sociedade)
Entendimento das obrigações e direitos de cada herdeiro como sócio, mesmo que não atue na gestão.
Quando a sucessão dá certo: o case do Colégio Ápice Eleva
Durante a live, foi apresentado o caso de Wladmir Alfredo Pecciotto Filho, mantenedor do Colégio Ápice Eleva, uma escola familiar que viveu o desafio real da sucessão e da sustentabilidade.
A instituição enfrentou inadimplência de 40% no período pós-pandemia, colocando em risco não apenas as finanças, mas também um projeto social que destina 20% de suas vagas a alunos em situação de vulnerabilidade.
Com apoio do Educbank, o colégio reorganizou seu fluxo de caixa e garantiu a continuidade da escola — e do legado familiar.
Sucessão não é sobre sair de cena — é sobre coexisti
“Fundadores não se aposentam. Eles mudam de lugar dentro da estrutura. A sucessão saudável não é uma saída brusca, mas uma transição consciente.”
— Ana Bittencourt
Ana reforça que é um erro tratar sucessão como um momento pontual. O processo pode (e deve) levar anos, com convivência entre gerações, diálogo constante e definição clara de fronteiras entre propriedade e gestão.
Ela recomenda, inclusive, o modelo de cogestão — em que filhos com perfis complementares (administrativo e pedagógico, por exemplo) compartilham a liderança e prestam contas a um conselho de sócios.
O maior desafio: inovar sem romper com o legado
Na enquete feita durante a live, o público apontou que o maior desafio da sucessão é garantir o legado da escola com inovação.
“Cabe à nova geração trazer o olhar de futuro — tecnologia, novos modelos pedagógicos, sustentabilidade. Mas isso só é legítimo quando há reconhecimento do que já foi construído.”
— Ana Bittencourt
Em vez de disputar visões, o ideal é construir pontes entre o que a escola representa e o que ela pode se tornar. Tradição e inovação podem (e devem) andar juntas.
O Educbank apoia escolas familiares em transição
A missão do Educbank é ajudar escolas a crescer com sustentabilidade e segurança — inclusive em momentos delicados como o da sucessão.
Com soluções que garantem previsibilidade de receita, organização financeira e redução de riscos, o Educbank apoia escolas familiares a atravessarem suas transições sem abrir mão do que mais importa: seu legado.
Se a sua escola está vivendo — ou se preparando para viver — o processo de sucessão, conte com o Educbank como parceiro estratégico.
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