A análise de viabilidade de novas unidades é o estudo que determina se é uma boa ideia expandir a sua escola no momento. Ele considera múltiplos fatores, desde o orçamento necessário até a localização e a probabilidade de sucesso.
O processo é demorado, mas imprescindível, tendo em vista a complexidade do investimento.
Se mal planejada, a nova unidade pode comprometer a liquidez e a sustentabilidade financeira da instituição. E, da mesma forma, se feita com cautela, tem potencial para multiplicar a receita a longo prazo.
Neste guia, você verá as principais variáveis que gestores e mantenedores precisam observar para abrir uma nova unidade de uma escola.
Os elementos de uma análise de viabilidade de novas unidades
A análise de viabilidade é a diferença entre um investimento estratégico e um desperdício de dinheiro. O estudo considera viabilidade econômica, técnica, operacional e mercadológica da nova unidade.
Para novas unidades de escolas particulares, as análises passam por pontos como:
- Pesquisa de mercado e localização;
- Proposta pedagógica;
- Infraestrutura física;
- Regulamentação;
- Planejamento financeiro;
- Equipe e gestão;
- Planos de contingência.
Ao final dessas análises, você descobrirá se tem os fundos necessários para expandir agora e qual é o potencial de lucro das novas unidades. Veja abaixo o que considerar em cada etapa.
Pesquisa de mercado e localização
É um dos passos mais elementares: verificar onde será a nova unidade. E, como você deve imaginar, a escolha não pode ser aleatória.
Para embasar a decisão, faça pesquisas para entender a demanda e o público-alvo.
Os pontos a se considerar são:
- Se há escolas próximas, quais são os segmentos, faixa de preço e metodologia;
- Verificar se há lacunas no mercado, como falta de turno integral ou ensino bilíngue no bairro;
- Analisar acessibilidade, segurança, transporte e visibilidade no local;
- Verificar infraestrutura disponível ou custos de adequação de imóvel;
- Fazer pesquisas de mercado com famílias da região para avaliar interesse;
- Calcular potencial de matrículas;
- Comparar as projeções de demanda com os custos operacionais.
Proposta pedagógica
Defina exatamente quais serviços você quer oferecer.
Incluem-se aí a faixa etária atendida, a proposta educacional, a metodologia adotada, as atividades extracurriculares, os projetos adicionais, as parcerias, entre outros.
Depois, compare essas informações aos dados da sua pesquisa de mercado. Identifique se há lacunas, se há competição em determinadas áreas e onde a sua escola é a única na região.
Isso dará mais clareza sobre a viabilidade – e se a sua proposta está de fato alinhada ao que a comunidade local espera.
Infraestrutura
Tome nota das necessidades de estrutura física para a nova unidade.
Considere literalmente todos os espaços: salas de aula, laboratórios, biblioteca, áreas de recração, estacionamento, escritórios e áreas administrativas…
Assim, ficará mais simples procurar um imóvel – ou montar os projetos de construção.
Além disso, considere também as normas de segurança, higiene e acessibilidade.
Regulamentação
Naturalmente, o próximo passo é regularizar tudo.
Vá atrás dos alvarás, licenças de funcionamento, registros junto a órgãos de educação competentes, entre outros documentos necessários. Informe-se também sobre o que é necessário para obter cada um e quais são os prazos para que fiquem prontos.
Pensando nisso antes, você evitará surpresas mais à frente – e entenderá se já pode começar o seu projeto de expansão.
Planejamento financeiro
Uma das partes mais desafiadoras é planejar as finanças para a nova unidade da escola.
Comece levantando os custos fixos e variáveis da unidade.
Em seguida, determine o investimento inicial necessário – composto, por exemplo, pelo valor do aluguel ou compra do imóvel, reformas, compra de mobiliário e equipamento, e contratação de funcionários. Inclua também os custos administrativos que surgem antes da inauguração, como campanhas de matrícula e o registro da unidade.
Na sequência, projete a receita, a partir do número de alunos esperados, do valor da mensalidade e do tempo esperado para alcançar o ponto de equilíbrio do negócio. Seguindo as boas recomendações da gestão de fluxo de caixa, planeje para cenários otimistas, neutros e pessimistas.
Por fim, acrescente um valor de reserva de emergência para lidar com imprevistos que sempre ocorrem em projetos de grande porte.
Essa análise permite responder perguntas importantes: a nova unidade dará lucro? Quanto tempo vai demorar para isso? Como devo captar recursos para expandir?
Equipe e gestão
Dedique um tempo para mapear os profissionais necessários para a nova unidade.
Crie um organograma com as equipes necessárias e senioridade esperada para cada profissional. Em seguida, veja quais já estão no seu quadro de funcionários e podem ser remanejados, e quais devem ser contratados.
Identifique também quais recursos essas pessoas precisarão para trabalhar. Incluem-se aí os sistemas de gestão escolar ou os possíveis incrementos no Vale-Transporte.
É importante pensar nisso tudo na etapa de análise de viabilidade, para não perder de vista estes custos importantes.
Planos de contingência
Parte da análise de viabilidade é saber o que fazer se as coisas derem errado.
Levante todos os fatores externos que podem afetar a nova unidade, como situação econômica atual, mudanças demográficas ou problemas de regulação.
E, para cada item, defina o plano de ação para superar o problema – e quanto vai custar.
O que fazer depois da análise de viabilidade de novas unidades?
A análise de viabilidade não é um “sim” ou “não” para a construção de uma nova unidade.
O verdadeiro potencial do estudo é entender os pontos fortes e fracos do seu projeto. Assim, você consegue alocar as ações e investimentos para suprir as lacunas – como fortalecer o marketing se a pesquisa mostrar pouca visibilidade, investir em formação docente se esta for um diferencial relevante, ou até mesmo adiar a abertura até estabilizar o fluxo de caixa da unidade atual.
Essas decisões tornam o futuro da sua escola mais sustentável, o que transmite mais segurança no momento de definir cronogramas, metas financeiras e responsáveis por cada etapa.
Como o Educbank apoia o crescimento da sua escola
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